Mistura de álcool provocará queda de 1,5% no preço da gasolina
Os donos de carros movidos a gasolina poderão pagar até 1,5% a menos pelo combustível a partir da próxima segunda-feira (30), de acordo com cálculos do governo apresentados pelo diretor do Departamento do Açúcar e do Álcool do Ministério da Agricultura, Ângelo Bressan. A previsão foi feita no final de outubro, quando o governo anunciou que o Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool (Cima) havia decidido elevar de 20% para 23% a mistura de álcool anidro na gasolina.
A nova mistura Seve ser feita a partir de segunda-feira, como determinou em resolução o Cima, órgão que reúne, além da Agricultura, os ministérios da Fazenda, Minas e Energia e Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Dois fatores justificam a estimativa de queda no preço da gasolina nos postos. Além do álcool anidro ser mais barato, não há incidência de ICMS e nem da Contribuição de Intervenção Sobre o Domínio Econômico (Cide) para o combustível.
Antes mesmo de a nova mistura entrar em vigor, o ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto, sinalizou na terça-feira (14), em São Paulo, que o governo poderá elevar de 23% para 25% a adição de álcool na gasolina, caso os estoques estejam em níveis confortáveis. 'Em janeiro o governo terá uma reunião para reavaliar essa situação e se os estoques estiverem com bons níveis a mistura pode chegar ao percentual pedido pelas usinas', afirmou o ministro.
A solicitação dos usineiros era de que a mistura fosse elevada agora de 20% para 25%, pedido que não foi aceito pelo governo, que preferiu não correr o risco de haver um desabastecimento do mercado nacional, como o ocorrido no início deste ano, durante a entressafra da cana-de-açúcar.
No começo de 2006, o governo foi surpreendido por uma forte alta dos preços do álcool nas usinas e nos postos. O aumento e o risco de faltar combustível no mercado levou o Cima a reduzir o porcentual .
Nos cálculos do governo, o aumento da adição de álcool anidro para 23% vai incrementar o consumo em 306,9 milhões de litros, o que evitará novos recuos de preços do álcool nas usinas. Ao pedir o aumento, os usineiros argumentaram que os preços do álcool estavam em queda e que a manutenção do porcentual em 20% acabaria desestimulando a produção de cana-de-açúcar.
Fonte: O Liberal
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