19 maio, 2007

Professores insistem em reajuste de 36%


Tiveram pouco avanço as negociações entre o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública no Pará (Sintepp) e a Prefeitura de Ananindeua, referentes à data-base da categoria, que é em 1º de maio. Na última audiência para discutir as reivindicações dos trabalhadores, ocorrida ontem, na sede da Secretaria Municipal de Educação, o município, que fica na Região Metropolitana de Belém (RMB), apresentou uma contra-proposta de 12% de reajuste, bem distante dos 36% pleiteados pelo Sintepp.
Mesmo baixo, o índice será levado à apreciação dos trabalhadores, em assembléia geral a ser marcada assim que a greve dos rodoviários de Ananindeua terminar. 'Não estamos conseguindo mobilizar a categoria, porque a maioria das escolas, em função da greve de ônibus, não está funcionando', disse o coordenador do Sintepp em Ananindeua, Jair Pena. A idéia seria fazer a assembléia terça-feira, 22, mas a data terá de ser remarcada.
As discussões, porém, tiveram dois avanços, na avaliação do Sintepp: a prefeitura aceitou empreender um debate para a elaboração de um plano de carreira e prometeu que vai estudar a proposta de não descontar no contracheque dos servidores os 6% referentes ao vale-transporte. 'A audiência só não foi mais produtiva porque a secretária de Finanças faltou. Ela estava com a responsabilidade de esclarecer diversos pontos que questionamos e que continuam obscuros', avaliou o sindicalista.
Uma das questões é o atraso na entrega do vale-transporte, que, neste mês, só saiu dia 15. 'O prefeito Helder Barbalho está descumprindo o acordo firmado com a categoria, de entregar os vales junto com os contracheques, que estamos recebendo dia 30 de cada mês. Precisamos discutir isso urgentemente', disse Jair. O Sintepp também quer saber por que a Prefeitura de Ananindeua está destinando apenas 19% do total de seu orçamento para a educação, quando o correto seria 25%.
Além disso, o sindicato quer esclarecer se realmente o reajuste de 12% chegaria a consumir 68% do total do Fundo da Educação Básica (Fundeb) destinado ao município, como alega a prefeitura. A folha dos servidores da educação subiria de R$ 10,5 milhões para R$ 17,5 milhões, segundo cálculos do município. Os números não estão de acordo, na avaliação do Sintepp, que quer esclarecimentos. Existem em Ananindeua cerca de 1,5 mil trabalhadores da área da educação.
O Liberal

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