Falta vacina contra febre amarela

Pará já sente os efeitos da corrida em busca da vacina contra febre amarela. Ontem, em vários postos da capital paraense e até de outros municípios do Estado, muita gente voltou para casa sem atendimento por falta de vacina. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informou que apenas as unidades do Jurunas, Marambaia, Icoaraci, Sacramenta e Outeiro ainda dispõem de algumas doses da vacina.
O motivo, segundo a Sesma, é que ainda não foi repassado e nem feito contato por parte da Secretaria de Saúde do Estado (Sespa) para o encaminhamento de parte desse estoque. Já a Sespa informou que o Ministério da Saúde repassou 90 mil doses no último sábado, 19, para todo o Estado, que começaram a ser distribuídas na segunda-feira, 21, sendo que a prioridade são as áreas de risco, o que não seria o caso de Belém.
A população pode conseguir atendimento também no posto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Aeroporto Internacional de Belém e da sede do Ministério da Saúde e ainda na Unidade de Referência Especializada Materno Infantil, na avenida Alcindo Cacela. O secretário adjunto da Sespa, Walter Amoras, explica que mesmo com o reabastecimento dos postos, e até por conta do baixo estoque, a secretaria vai seguir à risca a determinação do Ministério da Saúde, de que a imunização deve se restringir às pessoas não vacinadas ou que tenham sido vacinadas há mais de dez anos, além daquelas que residam ou se desloquem para as zonas de risco, pelo menos dez dias antes da viagem.
Ainda de acordo com Amoras, mesmo entre as pessoas que vão viajar, só serão atendidas aquelas que estejam seguindo para áreas onde o risco de contágio seja real, de acordo com os critérios do Ministério da Saúde. 'Por exemplo, você vai para Goiânia, mas para a cidade, então não precisa tomar vacina. Se vai para Goiás, Caldas Novas ou Pirinópolis, é outra história, porque é onde está o foco. Na área urbana não está acontecendo nada, mas quem vai fazer trilha de ecoturismo, visita às cascatas, cachoeiras, precisa ser vacinado, desde que a última vacina tenha ultrapassado dez anos'.

O Liberal