23 julho, 2008

Uruará pode ficar sem 3 dos 4 candidatos

No município de Uruará, na região da Transamazônica, uma situação, no mínimo inusitada começa a se desenhar perto das eleições. Dos quatro candidatos registrados no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), três tiveram os registros de candidaturas contestados, ontem, pelo Ministério Público Eleitoral. Eles são considerados inelegíveis pelo promotor da 79ª Zona Eleitoral, Bruno Beckembauer Sanches Damasceno, por processos que transitam na esfera criminal e também por um caso de dupla filiação. Além deles, outros nove candidatos às eleições proporcionais estão com as candidaturas por um fio.
Entre as contestações, está o pedido de impugnação do registro de candidatura de Eraldo Sorge Sebastião Pimenta, que pleiteia o cargo de prefeito pela coligação 'Unidos pelo Progresso', que congrega o PMDB, PTB, PSB, PV, PHS, PTC e PDT. O candidato, de acordo com o promotor, responde a um processo no Tribunal de Justiça do Pará por tentativa de homicídio.
'O Impugnado foi denunciado, não porque praticou qualquer crime, mais pelo crime mais hediondo que existe, que é tentar contra a vida do próximo, bem máximo que possuímos. E pela denúncia consta que o impugnado descarregou a munição de um revólver contra uma pessoa, deixando claro que sua intenção era matar, tanto que alguns tiros atingiram a vitima. É lógico que não existe decisão condenando o impugnado, mas quando se trata de cargo público de tal importância, a simples denuncia do Ministério Público macula a idoneidade do impugnado para ocupar o cargo', justificou o promotor, sustentando que, apesar de não ter ainda nenhuma decisão transitada em julgado, é preciso levar em consideração que a vida pregressa do candidato é um dos requisitos para a elegibilidade.
No que depender do promotor, o candidato a prefeito Júlio Magno Baptista, pela Coligação 'Uruará de verdade' (PR/DEM), também estará de fora das eleições de 2008. Na ação, o MP destaca que ele não pode concorrer porque responde a 14 processos criminais.
O MP sustenta que, ao longo de sua vida, Júlio mantém relação de considerável proximidade com a delitividade, 'demonstrando pouco ou nenhum apreço ao cumprimento da lei, o que faz dele pessoa não recomendável ao exercício de funções públicas 'lato sensu', para as quais o ordenamento jurídico constitucional pressupõe comportamento de estrita observância da legalidade, moralidade e probidade', afirmou.
A lista não pára por aí. O candidato João da Costa Carvalho, pelo PMN, também corre o risco de ficar de fora do pleito de outubro, sob acusação de dupla filiação partidária. De acordo com o MP, ele filiou-se a novo partido e não informou na nada a nova filiação ao juiz de sua respectiva Zona Eleitoral para cancelar a primeira filiação, caracterizando duplo vínculo.
O promotor Bruno Damasceno também pediu a impugnação do registro do candidato a vereador José Gomes Filho, da coligação 'Unidos pelo progresso de Uruará' (Partidos PV/PDT), por responder a vários processos na Justiça Federal da Primeira Instância, na Seção Judiciária do Pará, além de inquérito policial, representação criminal e ação ordinária.
Por não terem prestado contas, foi solicitado o pedido de impugnação dos candidatos Ari Hermes, Eliandro Nicolodi, Cícero do Nascimento e Genivânio Pereira Constantino.
Já os candidatos a vereadores Ozimar Pereira dos Santos, Adelcio Souza dos Santos, Melania da Silva Gonçalves e Lilian Cristina Pereira da Silva estão sendo impugnados por não cumprirem com o exercicio do voto em eleições anteriores e nem pagarem a multa correspondente em decorrência da omissão.
O Liberal

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