Anorexia é doença silenciosa e fatal
A morte da modelo paulista Ana Carolina Reston, em conseqüência de anorexia nervosa, revela a ditadura da magreza no mundo da moda. Ao ser internada num hospital de São Paulo, a jovem de 21 anos, que tinha 1,72 metro de altura, pesava somente 40 quilos. Assim como Ana Carolina, muitas modelos no Brasil e em outros países se tornam anoréxicas. A doença é silenciosa. O motivo é que muitas modelos param de comer para ter o corpo exigido pelas agências. O regime severo se torna doença em pouco tempo. Sem tratamento, a paciente caminha para a morte.
Mais do que uma questão estética, no entanto, o transtorno - que é mais comum entre mulheres jovens - se revela como uma distorção da auto-imagem. É o que explica o psiquiatra Marupiara Guerra, chefe da Clínica de Psiquiatria do Hospital de Clínicas 'Gaspar Vianna', em Belém.
Como exemplo, ele lembra que a anorexia já era citada em escritos da Grécia antiga, o que a coloca como uma doença histórica. 'É claro que existe uma pressão pela busca do corpo perfeito. Mas essa é uma condição patológica, que remonta à Antigüidade', afirma Marupiara. 'A menina se vê disforme, monstruosa, e aí não entra apenas a beleza estética, mas também o bem-estar dessa pessoa. É a maneira como ela se sente satisfeita.'
Segundo Marupiara, a insatisfação com o corpo fica evidente em pequenos comentários do dia-a-dia, comportamento que pode ser tido como normal desde que não seja obsessivo. 'Mas quando a pessoa diz que já comeu e ninguém a vê comer, e se quando ela come a quantidade é excessivamente pequena; se ela não menstrua mais, por causa da anemia intensa, já que o organismo se preserva, são alguns sintomas da anorexia', explica.
No período inicial da doença, o corpo começa a retirar da gordura as proteínas que necessita. Posteriormente, os músculos são os atingidos. Quando o quadro se agrava, a falta de proteína pode levar à insuficiência renal. Com pouco líquido circulando, os rins param e a resistência cai. O coração também é afetado pela redução da circulação sangüínea.
Mesmo que conseguisse vencer a anorexia, Ana Carolina provavelmente teria que se submeter a um transplante de rins. 'Essa é uma doença para a qual a abordagem familiar não é suficiente. É preciso que se desenvolva um trabalho psiquiátrico e psicológico, um tratamento longo, que pode levar anos. Também são recomendadas terapias de grupo e familiares', sugeriu Marupiara.
Mais do que uma questão estética, no entanto, o transtorno - que é mais comum entre mulheres jovens - se revela como uma distorção da auto-imagem. É o que explica o psiquiatra Marupiara Guerra, chefe da Clínica de Psiquiatria do Hospital de Clínicas 'Gaspar Vianna', em Belém.
Como exemplo, ele lembra que a anorexia já era citada em escritos da Grécia antiga, o que a coloca como uma doença histórica. 'É claro que existe uma pressão pela busca do corpo perfeito. Mas essa é uma condição patológica, que remonta à Antigüidade', afirma Marupiara. 'A menina se vê disforme, monstruosa, e aí não entra apenas a beleza estética, mas também o bem-estar dessa pessoa. É a maneira como ela se sente satisfeita.'
Segundo Marupiara, a insatisfação com o corpo fica evidente em pequenos comentários do dia-a-dia, comportamento que pode ser tido como normal desde que não seja obsessivo. 'Mas quando a pessoa diz que já comeu e ninguém a vê comer, e se quando ela come a quantidade é excessivamente pequena; se ela não menstrua mais, por causa da anemia intensa, já que o organismo se preserva, são alguns sintomas da anorexia', explica.
No período inicial da doença, o corpo começa a retirar da gordura as proteínas que necessita. Posteriormente, os músculos são os atingidos. Quando o quadro se agrava, a falta de proteína pode levar à insuficiência renal. Com pouco líquido circulando, os rins param e a resistência cai. O coração também é afetado pela redução da circulação sangüínea.
Mesmo que conseguisse vencer a anorexia, Ana Carolina provavelmente teria que se submeter a um transplante de rins. 'Essa é uma doença para a qual a abordagem familiar não é suficiente. É preciso que se desenvolva um trabalho psiquiátrico e psicológico, um tratamento longo, que pode levar anos. Também são recomendadas terapias de grupo e familiares', sugeriu Marupiara.
Fonte: O Liberal
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home