04 janeiro, 2007

Saída de temporário exige mais concursos

A governadora Ana Júlia Carepa anunciou ontem que terá que realizar mais concursos públicos para fazer a dispensa progressiva dos servidores temporários, evitando assim o 'colapso' das áreas da saúde, educação e segurança pública.
O acordo judicial firmado com o Ministério Público do Trabalho (MPT), há 19 meses, exige a saída dos temporários com menos de dez anos no serviço público até 30 de março, o que representa cerca de 5 mil demissões. No entanto, dos concursos já realizados, como o da Secretaria de Educação (Seduc), o efetivo aprovado não é suficiente para o preenchimento das vagas a serem abertas, informou Ana Júlia, em breve coletiva no Palácio dos Despachos. Somente à tarde é que a governadora foi conhecer o gabinete em que vai trabalhar pelos próximos quatro anos, no Palácio dos Despachos, na rodovia Augusto Montenegro.
A dispensa dos temporários é o primeiro grande problema a ser enfrentado pela nova governadora. Inclusive, ela avisou que o impacto das despesas com concurso público na folha de pagamento vai influenciar diretamente na negociação salarial com os servidores estaduais, este ano.
Ao todo, o acordo homologado pela Justiça do Trabalho exige a dispensa de 15.313 temporários, sendo que os que têm mais de dez anos no serviço público terão que sair até 31 de dezembro deste ano. O governo de Simão Jatene dispensou outros 6.143 temporários, o correspondente a pouco mais de um terço do total. Ana Júlia espera que, até o fim de 2007, o Congresso aprove projeto de emenda constitucional que traz estabilidade aos temporários com mais de uma década no serviço público. Antes da posse, a equipe de transição de governo iniciou o contato com o MPT para negociar um possível adiamento desses prazos.
Com a precaução de quem ainda está conhecendo a máquina estadual, a governadora avisou que vai fazer o levantamento de quantos são os assessores especiais e onde estão lotados. Em dezembro, ela prometeu que cortaria 40% desse efetivo e, ontem, anunciou que há assessores sem cargos e que irá avaliar como esses cargos poderão ser reaproveitados. 'Os assessores especiais são necessários', admitiu.
EM PALÁCIO
Ana Júlia chegou ao Palácio dos Despachos às 16h20, onde foi recepcionada pela Guarda de Honra da Polícia Militar, na entrada principal do prédio. Ela cumprimentou todos os servidores que trabalhavam na recepção e os que a esperavam pelos corredores. Ana, que sentia dores no joelho acidentado durante a campanha eleitoral, não conheceu as demais dependências do prédio, como estava inicialmente previsto. Ela foi direto para o seu gabinete, acompanhada do chefe da Casa Militar da Governadoria, coronel Henrique Coelho; do chefe da Casa Civil, Charles Alcântara; do presidente da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), Eduardo Robeiro Júnior; da coordenadora de Comunicação Social, Fátima Gonçalves; e da chefe de gabinete, Raimunda Helena Naum.
Ana Júlia sentou ocupou a mesa de governadora, confeccionada em mármore e madeira, e que está integrada a um computador, telefones e fax. Por trás da cadeira da governadora, pende a bandeira do Pará. Coelho explicou que a sala é blindada para que, do lado de fora, não se possa ouvir o que se conversa dentro. Na sequência, Ana Júlia conheceu a sala de reuniões, interligada ao seu gabinete.
Além da Governadoria, também funcionam no palácio a Vice-Governadoria, a Secretaria de Governo, a Casa Civil, a Casa Militar da Governadoria, a Procuradoria Geral do Estado, a Consultoria Geral e a Coordenadoria de Comunicação Social (CCS).
Fonte: O Liberal

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