05 junho, 2007

O Que é Isso companheiro?

Dayan Serique - Pedagogo e pós-graduado em Administração Educacional
É impressionante como o poder muda as pessoas. Pessoas que em outrora diziam buscar o poder para transformar e ajudar os companheiros, hoje, no entanto, estando com poder de decisão e gerência, nada fazem nesse sentido. O que vemos são atropelos, arrogância e incapacidade administrativa. O discurso não condiz com suas práticas. Tudo não passou de falácia, apenas palavras soltas no ar. É a confirmação daquele velho, porém verdadeiro ditado: “Queres saber quem é realmente uma pessoa, dê poder a ela”.
O que antes nos discursos repudiavam, tinham ojeriza, atualmente fazem pior. Ameaças, redução sumária de carga horária e tratamento com desdém são a tônica dada a um órgão da educação estadual; não por parte da atual diretora, que não tem poder de mando; ela por si só se anula, não tem brilho próprio, transfere sua responsabilidade para outros e assim é engolida por aquele que de fato comanda as ações do órgão.
Essa pessoa que manda e desmanda na instituição estadual parece fazer com que o dia tenha mais de 24 horas, pois mesmo estando lotado na Prefeitura Municipal de Itaituba na parte matutina, despacha normalmente na sede do órgão estadual todas as manhãs. A certeza da impunidade e o pouco caso dado ao cargo que ocupa na prefeitura é tão grande que o mesmo vai de colete de fiscal da Secretaria na qual deveria estar trabalhando.
Se somente este fato não fosse por si só grave, ele ainda descarrega seus destemperos e seus desatinos nas pessoas de quem não gosta, seja por divergências políticas, seja por tê-las julgado e tê-las condenadas de acordo com sua avaliação sistemática e insana., subjugando e tentando humilhar a toda hora, profissionais que já estavam lá, quando ele recentemente lá chegou. Aqueles que não baixam a cabeça e que não dizem “sim senhor” para ele, acabam ouvindo poucas e boas deste déspota, que é conhecido entre os funcionários como Fidel da educação.
Se ações deste órgão estadual não estivessem voltadas para perseguições, vinganças pessoais e política partidária, talvez pudéssemos perceber algum tipo de avanço ou mudança para melhor, mas no entanto, o que percebemos é um retrocesso e até mesmo despreparo para a condução do órgão, pois instituições que dependem da boa gerência do órgão estão a deriva, abandonadas e muitas até já foram saqueadas em plena luz do dia por falta de apoio e atenção. Muitas instituições chegaram a paralisar suas atividades por não terem condições de funcionarem de forma satisfatória, o que compromete consideravelmente a qualidade do serviço ofertado e o desempenho das pessoas que lá trabalham e buscam qualificação.
Para ser dirigente, ter cargo de comando e de decisão, não basta ter afinidade e/ou identidade política partidária, isto vai muito mais além. É preciso ter competência, formação, qualificação, habilidade para conduzir, humildade e acima de tudo, ter senso de humanização como elemento norteador das ações.
Diante de tal cenário só nos resta perguntar: O que é isso companheiro? Por quê tanto revanchismo? Tanto destempero? Desça do palanque e do calor das assembléias e passe a agir como educador, não como ditador.

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