Setor Mineral é maior fonte de emprego do Pará

O setor extrativo mineral é um dos que mais têm gerado empregos com carteira assinada no Pará este ano. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, em junho foram abertos 32 postos de trabalho, alta de 0,4% em relação ao mês anterior. No semestre, segundo o Caged, chega a 657 o número de vagas abertas, crescimento de 8,89% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Em toda a região Norte, com exceção de Roraima, todos os Estados tiveram crescimento no emprego formal em junho. O melhor desempenho ficou com Rondônia (6,34%), que registrou saldo positivo de 47 postos de trabalho. Em seguida, aparecem o Acre (5,56%), com três empregos criados, e o Tocantins (5,07%), com 35 vagas abertas. Na região, o setor alcançou saldo de 118 postos de trabalho, incremento de 1,01% em relação a maio.

Segundo análise do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o saldo de emprego alcançado pela indústria mineral no Pará no semestre, apesar de positivo, é um pouco menor do que o obtido no mesmo período do ano passado, quando o setor apresentou um crescimento de 13,78% e estoque de 734 postos de trabalho. Nos seis primeiros meses do ano, ainda segundo o Dieese, nem todos os Estados da região tiveram bons resultados. Amazonas, Roraima e Amapá fecharam o semestre com saldo negativo em relação ao primeiro semestre de 2006.

Dos Estados que mais contrataram do que demitiram no Norte, no período de janeiro a junho deste ano, o melhor desempenho ficou com Rondônia (23,55%), que abriu 150 postos de trabalho. Depois vêm Tocantins (16,94%), com 105 vagas, e o Pará. Os piores resultados foram do Amazonas (-5,9%), que fechou 71 oportunidades; Roraima (-5,88%), que extinguiu dois postos; e Amapá (-1,73%), onde 18 contratos de trabalho foram extintos. No período, o setor registrou saldo de 821 empregos, crescimento de 7,47%.

Nos últimos doze meses, segundo os registros do Ministério do Trabalho, o setor mineral foi o que mais gerou empregos no Pará, com alta 29,16% em relação aos doze meses anteriores. Foram 1.769 empregos gerados no Estado, enquanto na região o número de vagas abertas chegou a 1.904 no período (incremento de 20,6%). No período, somente Amapá e Roraima tiveram saldos negativos de emprego formal no setor.

Em média, o resultado da região Norte é menor que o obtido pelo Pará de forma isolada, mas é bem maior que o verificado na média nacional. Em todo o Brasil, o crescimento do emprego no setor extrativo mineral nos últimos doze meses ficou em torno de 7,4%, com saldo positivo de 11.073 vagas. Entre os Estados do Norte, o melhor desempenho no período ficou com Rondônia (29,58%), com 171 postos de trabalho criados; o pior resultado, em contrapartida, foi de Roraima (-15,63%), que fechou cinco vagas.

O Liberal