19 julho, 2007

Separatismo também divide entidades


Vinte associações comerciais do interior do Estado publicaram, ontem à tarde, uma nota em que dizem repudiar a postura da Associação Comercial do Pará (ACP), que vem realizando uma campanha contra a possível divisão territorial do Estado. A entidade recentemente promoveu um debate sobre o assunto com o secretário de Integração Regional, André Farias, e reiterou a sua posição contrária à criação dos Estados do Carajás e Tapajós. Para as associações do interior, no entanto, a ACP 'tenta passar a idéia de unidade de toda classe empresarial em torno de seus próprios interesses'.
Segundo do documento, a ACP não representa toda a classe empresarial paraense, tanto que cada município do Estado possui a sua própria associação comercial e nenhuma delas possui filiação ou qualquer vínculo com a ACP: 'Portanto, a mobilização da referida entidade não representa os anseios do empresariado do Pará, mas apenas a de um grupo de empresários, especialmente da capital'.
Ainda de acordo com o manifesto, as entidades apoiam totalmente o projeto de criação de novos Estados no Pará e em toda a Amazônia, 'por entender que este é um legítimo anseio de populações de regiões que só são lembradas pela classe política em época de eleição e que vivem durante séculos abandonadas pelos poderes centrais'.
Já o presidente da ACP, Altair Corrêa, reafirmou que a entidade é contrária à divisão territorial do Pará. Mas que, em momento algum, disse ser essa a postura de todos os empresários do Estado. 'Nunca nos intitulamos os representantes de todos as entidades do Estado. A ACP representa os empresários da capital, que representam uma parcela significativa mas não total da classe. E a decisão de não apoiar esse projeto de esquartejamento do Estado foi tomada pela diretoria e aprovada pelos conselhos da Associação', explicou.
As pessoas que subscrevem a nota são as seguintes: Marden da Cunha Peixoto (presidente da Associação Comercial de Água Azul do Norte);
Sebastião Pereira Pinto (presidente da Associação Comercial de Alenquer); Lucílio de Moraes Filho (presidente da Associação Comercial de Altamira);
Francildo Maués Nobre (presidente da Associação Comercial de Ananindeua); Agnaldo Pereira da Costa (presidente da Associação Comercial de Canaã dos Carajás); Aderson Pereira da Costa Sobrinho (presidente Associação Comercial de Itaituba); Otávio dos Santos Barbosa (presidente da Associação Comercial de Juruti); Gilberto Leite (presidente Associação Comercial de Marabá); Anilson Costa Magalhães (presidente da Associação Comercial de Monte Alegre); Mauro de Assis Cunha (presidente Associação Comercial de Novo Progresso); Amarildo Sousa da Mota (presidente Associação Comercial de Óbidos); Franco Pereira de Almeida Neto (presidente Associação Comercial de Oriximiná); Amaurilho Gomes da Cunha (presidente da Associação Comercial de Ourilândia do Norte); José Rinaldo Alves de Carvalho (Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Parauapebas); Adilson S. da Silva (presidente da Associação Comercial de Redenção); Francisco Paulo Barros Dias (presidente da Associação Comercial de Rio Maria; Olavo Rogério Bastos das Neves (presidente da Associação Comercial de Santarém); Onis de Melo Távora (presidente da Associação Comercial de Sapucaia); Luis Gustavo Carvalho dos Santos (presidente da Associação Comercial de Tucumã) e Amarildo Paulino da Silva (presidente da Associação Comercial de Xinguara).
O Liberal

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