04 setembro, 2007

Entidades prevêem caos socioeconômico no Pará

As duas maiores entidades representativas do setor florestal paraense prevêem um caos sócio-econômico no estado se não for acelerada a liberação de planos de manejo pelo governo estadual. A Associação das Indústrias Exportadoras de Madeireiras do Estado do Pará (Asimas) e a União das Entidades Florestal do Estado do Pará (Uniflor) divulgaram informa alertando para a crise sem precedentes que vive o setor, com demissões em massa e empresas fechando as portas e indo investir em outros estados.
É o caso de uma família de empresários que, durante uma década, atuou na produção florestal em Altamira. Eles arrumaram as malas nesta semana para trocar o Pará pelo Amazonas. "Cansados com burocracia e a deficiente estrutura dos órgãos públicos para obter a liberação de projetos de manejo comunitário, o que atrasou a produção da indústria por mais de um ano, os empresários paralisaram as atividades no município paraense, demitiram os seus mais de 50 funcionários e já iniciaram os projetos para investir em uma região próxima de Manaus", diz nota das entidades, acrescentando que eles já possuem o aceno positivo do governo estadual amazonense para se instalarem.
Segundo Aimex e Uniflor, este é apenas um dos casos recentes de falência de uma empresa madeireira no Pará. "Na última semana, duas empresas sediadas em Goianésia também pararam as atividades por conta da não liberação de projetos de manejo", dizem as entidades. A situação ocorre em praticamente todos os 33 pólos madeireiros do Estado, mas é mais crítica no oeste do Pará, onde menos planos de manejos foram liberados até o momento.
No dia 28 de agosto, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente anunciou que a força-tarefa criada para acelerar a análise dos projetos da atividade florestal autorizou 109 processos, incluindo projetos de palmito e autorização para limpeza de açaizais, sendo que ainda existem 383 à espera de resposta. No total, a Secretaria liberou, em 2007, cerca de 2 milhões de m³, de daquilo que foi autorizado no último ano.
Para Uniflor e Aimex, este quadro reforça a necessidade dos governantes tomarem uma posição firme para solucionar a crise do setor florestal e ainda encontrar alternativas econômicas para amenizar o atual cenário. "Sob pena do Pará enfrentar, neste ano, um apagão florestal e um caos socioeconômico sem precedentes", dizem as duas entidades.

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