Índios do Tapajós passam fome nas aldeias
O Conselho de Saúde Indígena do Tapajós
se reuniu nesta terça-feira, 1º de abril, em Itaituba, sudoeste do Estado, para discutir a falta de alimentos nas unidades de saúde indígenas de Jacareacanga, Itaituba, Novo Progresso e nas aldeias do Alto Tapajós. O conselho, formado por lideranças indígenas mundurukus e kaiapós, denunciou que os índios estão sem receber as cestas básicas desde a nomeação de Ângela Reges como diretora do Distrito de Saúde Indígena (DSEI) da região, em janeiro.
Roberto Crixi, presidente do conselho indígena, informou que a convocação para a reunião se deu em caráter emergencial, devido a urgência em resolver o problema da falta de alimentação nas "Casas de Saúde do Índio". Ele disse que o objetivo é encontrar junto à Fundação Nacional de Saúde (Funasa) uma solução para que as cestas de alimentos fornecidas pelo governo federal cheguem até as aldeias.
As lideranças indígenas reclamam que, na maioria das aldeias do alto Tapajós, há mais de sessenta dias não chegam cestas de alimentos enviadas pelo governo federal. Eles reclamam que a nova diretora do Distrito não visita as aldeias para checar de perto os problemas dos índios. Ângela Reges foi indicada ao cargo pelo PMDB de Itaituba em janeiro deste ano, depois de muita confusão entre os caciques indígenas e os caciques do PMDB local.
Segundo informou Roberto Crixi, um convenio garante repasse de recursos para a compra de alimentos para os índios, um montante de aproximadamente 4000 cestas básicas. Ele disse que na Casa do Índio em Jacareacanga existem 60 pacientes com seus acompanhantes, totalizando 120 pessoas que não têm o que comer. "Falta alimentação, combustível, medicamento, assim não dá para continuar", diz, indignado, o presidente do Conselho de Saúde Indígena.
Na avaliação de Crixi, com a nova direção do DSEI Tapajós, a situação dos índios piorou. "Nós não podemos ficar de braços cruzados com essa situação, vendo o nosso pessoal nas aldeias sofrendo, passando fome, sem medicamento e sem combustível para abastecer as embarcações", reclama, alertando que muitos índios correm riscos de morte por causa da situação. "A população indígena está revoltada e já comunicaram à diretoria da Funasa em Belém e Brasília", informou.
Os índios sugeriram que a diretora recém empossada no cargo peça demissão se não conseguir atender a necessidade dos índios e deixe a direção para alguém tenha experiência. Na opinião de Carlos Akai, vice-presidente do conselho "a nova diretora não tem noção do trabalho que deve ser feito". "Ela entrou no DSEI empurrada pela polícia a mando dos políticos, isso aí revoltou a comunidade indígena", concluiu Roberto Crixi.

Roberto Crixi, presidente do conselho indígena, informou que a convocação para a reunião se deu em caráter emergencial, devido a urgência em resolver o problema da falta de alimentação nas "Casas de Saúde do Índio". Ele disse que o objetivo é encontrar junto à Fundação Nacional de Saúde (Funasa) uma solução para que as cestas de alimentos fornecidas pelo governo federal cheguem até as aldeias.
As lideranças indígenas reclamam que, na maioria das aldeias do alto Tapajós, há mais de sessenta dias não chegam cestas de alimentos enviadas pelo governo federal. Eles reclamam que a nova diretora do Distrito não visita as aldeias para checar de perto os problemas dos índios. Ângela Reges foi indicada ao cargo pelo PMDB de Itaituba em janeiro deste ano, depois de muita confusão entre os caciques indígenas e os caciques do PMDB local.
Segundo informou Roberto Crixi, um convenio garante repasse de recursos para a compra de alimentos para os índios, um montante de aproximadamente 4000 cestas básicas. Ele disse que na Casa do Índio em Jacareacanga existem 60 pacientes com seus acompanhantes, totalizando 120 pessoas que não têm o que comer. "Falta alimentação, combustível, medicamento, assim não dá para continuar", diz, indignado, o presidente do Conselho de Saúde Indígena.
Na avaliação de Crixi, com a nova direção do DSEI Tapajós, a situação dos índios piorou. "Nós não podemos ficar de braços cruzados com essa situação, vendo o nosso pessoal nas aldeias sofrendo, passando fome, sem medicamento e sem combustível para abastecer as embarcações", reclama, alertando que muitos índios correm riscos de morte por causa da situação. "A população indígena está revoltada e já comunicaram à diretoria da Funasa em Belém e Brasília", informou.
Os índios sugeriram que a diretora recém empossada no cargo peça demissão se não conseguir atender a necessidade dos índios e deixe a direção para alguém tenha experiência. Na opinião de Carlos Akai, vice-presidente do conselho "a nova diretora não tem noção do trabalho que deve ser feito". "Ela entrou no DSEI empurrada pela polícia a mando dos políticos, isso aí revoltou a comunidade indígena", concluiu Roberto Crixi.
Lúcio Freire
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