19 agosto, 2008

Vestibular da UFPA terá mais 380 vagas

A Universidade Federal do Pará (UFPA) abrirá 380 novas vagas a partir do próximo ano, sendo apenas 50 em Belém. A maioria será para a licenciatura, uma resposta à carência de formação de professores para a rede básica de ensino. Mas o impacto será pequeno diante do déficit de 125 mil profissionais, o que que exige das secretarias de educação ações bem mais amplas e rápidas.
A expansão de vagas na UFPA é realizada com recursos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Cento e dez serão para cursos novos: 30 para Teatro, em Belém, 40 para Engenharia Florestal, em Altamira, e 40 para Serviço Social, em Breves.
As demais vagas servirão à ampliação dos cursos já existentes. Em Belém, o curso de Direito ganhará mais 20 vagas. No interior, Altamira e Marabá terão vagas regulares de Agronomia, já que antes a oferta era alternada entre os dois municípios.
O pró-reitor de Ensino e Graduação da UFPA, Licurgo Brito, acredita que, apesar da sobra de vagas no último vestibular, motivo de um novo seletivo realizado extraordinariamente, a ampliação da oferta não terá contratempos, já que serão ofertadas nas modalidades extensiva (período regular) e intensiva (durante período de férias na capital).
Castanhal ganhará mais vagas para Pedagogia e Matemática. Ambas são licenciaturas, assim como outros cursos que tiveram a oferta ampliada no interior.
Se na rede estadual e na capital o número de professores que tem até o nível médio já é residual - houve cobrança para que a formação eliminasse esse problema -, no interior esse déficit ainda é altíssimo. É 'assustador', como classifica o pró-reitor ao citar dados preliminares do Censo do Ensino Superior realizado pelo Ministério da Educação (MEC).
O balanço aponta 125 mil professores atuando sem licenciatura. Cerca de 15 mil ensinam Português sem que, antes, tenham passado pela universidade para melhorar a prática pedagógica que será aplicada em sala de aula.
Licurgo observa que a ampliação de vagas anunciadas pela UFPA não terá um impacto representativo nesse quadro por dois motivos. Primeiro porque a oferta é universal (a vaga é disputada por quem dá aulas ou não). Além disso, a instituição não consegue resolver o problema do déficit de professores sozinha.
O Liberal

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