27 fevereiro, 2007

Brutalidade de PMs foi o assunto na Câmara

O grande expediente da Câmara Municipal de Itaituba foi quase totalmente dedicado ao caso da agressão praticada pelos policiais militares Sousa Silva e Teodoro, contra o colono Francsico de Assís Cativo Guedes, em Miritituba.

O vereador João Crente disse que, se não forem tomadas as devidas providências, a vítima terminará se transformando em réu.

Paulo Gasolina afirmou que é preciso acionar o Ministério Público, para que os agressores sejam punidos na forma da lei.

Antônio Cardoso pediu que fosse formada uma comissão especial do Poder Legislativo, para analisar o caso, para evitar que ficasse o dito pelo não dito.

Ana Cativo, que visitou Francisco, disse que o estado dele é lamentável e chocante e que a Câmara já tem uma comissão de Justiça, a qual deve entrar imediatamente em ação.

Severiano Gomes, que raramente usa a tribuna, fez um discurso inflamado. Para ele, a Polícia Militar deveria estar bancando todo o tratamento do agredido.

César Aguiar lembrou que policiais são treinados para imobilizar aqueles que resistirem à prisão. Caso tivesse havido resistência, Francisco deveria ter sido imobilizado; jamais, agredido da forma brutal e selvagem como aconteceu.

Manoel Diniz, que é médico e tem assisto o paciente, ressaltou a importância do papel da imprensa de Itaituba, que vem dando o devido destaque ao fato, informando a população e evitando que o caso caia no esquecimento. Disse que Francisco já tem condições de ser transferido para um centro que ofereça melhores recursos para sua recuperação. Lembrou que, embora tenha melhorado, Francisco ainda corre risco de morrer.

Brás Viana lamentou a omissão do capitão Cordeiro, comandante do 15º BPM, que deu entrevista falando da versão dos dois soldados, querendo fazer a opinião pública acreditar que o agricultor se machucou quando um policial caiu por cima dele. Para Viana, o comandante estava subestimou a inteligência da população. Disse que o mínimo que o comandante deveria ter feito seria afastar os dois policiais, até que o inquérito policial militar estivesse concluído. Apenas transferindo os mesmo para Itaituba e deixando que trabalhem como se nada tivesse acontecido ele deixou de dar uma satisfação à comunidade. O vereador cobrou a expulsão dos dois militares dos quadros da PM.

Maria Pretinha falou que a Câmara deveria bancar um advogado para a família, que não tem condições de bancar com tais custos.

O presidente João Bastos Rodrigues foi enfático em seu fala. Disse que é preciso agir imediatamente, pois o caso é grave, tanto no que se referido ao estado de saúde de Francisco, quanto ao ato praticado pelos dois PMs. Informou que haveria uma reunião com o capitão Cordeiro dentro alguns minutos, convidando cinco pessoas da família, de entidades e amigos do agredido. Cebola disse ainda, que caso não se conseguisse outro meio de bancar a viagem do colono agredido para outro centro, ele o faria do próprio bolso.No momento em que posto esta matéria prossegue a reunião dos vereadores com o capitão Cordeiro. O blog vai acompanhar para publicar o resultado do encontro.

Existe um sentimento de grande revolta por parte da comunidade itaitubense, face ao ocorrido. A Polícia Militar deve uma explicação que não foi dava até agora.

E o Ministério Público, até o momento não se manifestou, o que é imperdoável. O MP, diferente da Justiça, não precisa ser provocado. Ele pode e deve tomar a iniciativa. Só não dá é para ficar do jeito que está.

Alô Polícia Militar! Olá Ministério Público! É preciso lembra que nós, cidadãos comuns, pagamos os salários de vocês?

Fonte: Jota Parente

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