03 março, 2007

Ação pede o bloqueio de bens do PT

O Ministério Público pediu judicialmente bloqueio de bens no montante de R$ 5,3 milhões do PT e de Gilberto Carvalho, secretário particular do presidente Lula, por suposto envolvimento em esquema de propinas que teria operado na área de transporte coletivo na administração Celso Daniel, prefeito de Santo André assassinado em 2002. Por meio de ação civil pública, distribuída para a 7ª Vara Cível do Fórum de Santo André, os promotores Roberto Wider Filho, Adriana Ribeiro Soares de Morais e Amaro José Thomé Filho sustentam que um grupo de empresários e agentes políticos municipais violou a Lei de Improbidade Administrativa.
Além de Carvalho e do PT são acusados solidariamente na ação os empresários Sérgio Gomes da Silva - ex-segurança de Daniel -, Ronan Maria Pinto, Irineu Nicolino Martin Bianco, Humberto Tarcísio de Castro, Luiz Marcondes de Freitas Júnior, o ex-vereador petista Klinger Luiz de Oliveira Souza e a empreiteira Projeção Engenharia Paulista de Obras.
Os promotores pedem, ainda, condenação de Carvalho à suspensão dos direitos políticos, perda da função pública e o ressarcimento do Tesouro. Segundo os promotores, parte do dinheiro que teria sido arrecadado ilicitamente abasteceu campanhas eleitorais do PT. Eles estimam em R$ 5,3 milhões o valor do prejuízo à Prefeitura de Santo André.
'O PT recebeu parcela daqueles recursos, por isso não é justo que fique fora da ação', anotou Wider. Ele afirmou que Carvalho 'agia em nome próprio e em função da quadrilha; sua missão era encaminhar o dinheiro ao partido'. A base da ação é uma investigação aberta há 5 anos pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado do ABC, braço do Ministério Público que alega ter identificado prática de delitos contra a administração pública e formação de quadrilha ou bando envolvendo funcionários da cúpula da Prefeitura de Santo André.
'Formaram uma quadrilha determinada a arrecadar recursos através de achaques a empresários, bem como através de desvio de dinheiro dos cofres públicos municipais, conforme outras denúncias já ajuizadas, relativas a contratos de obras públicas e de coleta e destinação final de lixo, ambas recebidas judicialmente.' Segundo o Ministério Público, Sérgio Gomes 'idealizou a formação da sociedade delinqüente, realizava tráfico de influência em favor da quadrilha e era um dos destinatários dos recursos ilícitos'. A ação descreve a participação de Gilberto Carvalho, ex-secretário de Governo de Celso Daniel. 'Ele concorreu de qualquer maneira para a prática dos atos de improbidade administrativa na medida em que transportava o dinheiro da propina arrecadado em Santo André para o PT', destaca a promotoria. O ex-deputado José Dirceu, na época presidente do PT, é citado no texto da ação, mas não é acusado.
Fonte: Agência São Paulo

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