Servidores aceitam 9,8% de reajuste e fecham acordo com Estado
Depois de quase seis horas de reunião, o governo e os sindicatos que compõem a Intersindical dos Servidores Públicos Estaduais parecem, finalmente, ter chegado a um acordo com relação ao reajuste salarial do funcionalismo para este ano. O chefe da Casa Civil, Charles Alcântara, que conduziu todo o processo de negociação pelo lado do governo, apresentou uma nova proposta de reajuste de 9,8% para os servidores de nível superior e médio.
Os funcionários de nível básico já tiveram os salários reajustados pelo mesmo percentual aplicado ao salário mínimo: 8,57%. O Estado propôs inicialmente um reajuste salarial de 9% para os servidores de nível médio e de 9,5% para os de nível superior. A Intersindical vinha pleiteando 12% para todas as categorias funcionais. Os sindicatos vão levar a proposta para avaliação em assembléia. O Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Civil do Estado do Pará (Sindpol) fez a sua ontem, 4, à noite mesmo e a categoria decidiu aceitar o porcentual. A tendência é que os demais servidores acompanhem essa decisão. A palavra final só será dada pela Intersindical em reunião marcada para o dia 9.
O reajuste é retroativo a abril e a diferença será paga no salário de maio. De acordo com Charles Alcântara, a proposta de reajuste apresentada pelo Executivo paraense é a melhor de todas as que já foram apresentadas, este ano, pelos governos de outros Estados brasileiros.
'O reajuste proposto pelo governo vai acrescentar R$ 303 milhões à massa salarial dos servidores públicos estaduais. Ele incorpora um ganho real médio de 6,24% em relação à inflação acumulada no período', afirma Alcântara. A folha mensal de despesas com pessoal passará dos atuais R$ 200 milhões para R$ 216,2 milhões, o que representa 45,59% das receitas correntes líquidas do Estado, 'dentro, portanto, do limite prudencial previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal para gastos com pessoal', acrescenta o chefe da Casa Civil. Com o aumento de salário, a folha de pessoal do governo chegará, este ano, a R$ 2,7 bilhões.
Entre as cláusulas não-econômicas , Alcântara destacou o início de reuniões com a direção do Banpará para alongar o perfil e reduzir os juros da dívida dos funcionários.
O Liberal
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