20 julho, 2007

morre em São Paulo o senador Antonio Carlos Magalhães


O senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA), 79, morreu na manhã desta sexta-feira, 20, em São Paulo, em decorrência de falência de múltiplos órgãos secundária à insuficiência cardíaca. Ele estava internado há 37 dias no InCor-SP (Instituto do Coração), do Hospital das Clínicas, em São Paulo.

O quadro clínico do senador piorou quinta-feira, 19, à noite. Ele apresentou febre e retrocesso do problema gastrointestinal ocorrido na última sexta-feira, 13. Os médicos reforçaram o uso de antibiótico e passaram a investigar o motivo da infecção. ACM passou a noite inconsciente na UTI do Incor respirando com ajuda de aparelhos.

Dona Arlete Magalhães, esposa do senador, acompanha a liberação do corpo que deve ser levado à Salvador ainda nesta sexta-feira. O velório será realizado no Palácio da Aclamação em Salvador e o enterro no cemitério Campo Santo, onde também está sepultado Luis Eduardo Magalhães, filho do senador.

Em março, ACM foi internado para curar uma pneumonia e uma disfunção renal. Em abril, o senador retornou ao InCor, onde foi internado com insuficiência cardíaca. Mas, em seguida, teve alta médica e retornou às atividades parlamentares.

No final de maio, o senador se sentiu mal, ao deixar o plenário do Senado, e chegou a cair no chão em frente ao seu gabinete. Na ocasião, ele foi submetido a uma série de exames no InCor. Em junho, ele voltou a ser internado.


História:


ACM foi um político baiano que esteve em evidência no cenário político do estado da Bahia nas últimas décadas. Membro da UDN foi eleito deputado estadual em 1954 e deputado federal em 1958 e 1962. Participou do regime militar, tendo sido um dos articuladores da Revolução de 1964. Em 1966 foi reeleito deputado federal, agora pela ARENA.

Em 1967, foi nomeado prefeito de Salvador. Foi governador da Bahia três vezes, ministro das Telecomunicações no governo Sarney e é senador desde 1995. Tido como um político influente no Brasil, teve também seu nome envolvido em várias denúncias de ilegalidades, como a fraude no painel de votação do Senado e os grampos telefônicos ilegais na Bahia. Quando se vê envolvido em tais situações gosta de justificar que agiu em favor do povo baiano. É conhecido por "Toninho Malvadeza", por conta de suas constantes ações repressoras contra a oposição durante o regime ditatorial.

Foi protagonista, em meados de abril de 2000, de uma série de trocas de ofensas com um colega de Senado, fazendo sérias acusações contra a pessoa do Presidente do Senado à época, o Senador Jader Barbalho do PMDB do Pará. Tal rixa culminou com a renúncia de ambos dos mandados de Senador, já que as recíprocas acusações foram devidamente comprovadas.
No caso de ACM, foi justamente a denúncia de manipulação por este do painel eletrônico que contabiliza as votações do Senado Federal, o que lhe permitiu quebrar o sigilo dos votos dos demais Senadores, violando o Regimento Interno do Senado Federal, que assegura o voto secreto de seus membros em determinadas matérias.


Com informações do Wikipédia

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