01 agosto, 2007

A Informática na Educação

José Ribamar Crisóstomo da Silva *
Escola, indispensável, tecnológica, instituição, circunstâncias e viabilizar.

A escola, como instrumento relevante e indispensável ao desenvolvimento geral do homem, em quaisquer circunstâncias que este viva, terá que se ajustar, no mais breve espaço de tempo, às descobertas tecnológicas, que dêem suporte ao seu funcionamento, como instituição inacabada que é.
Assim como o próprio homem, a escola precisa de apoios tecnológicos para sobreviver paulatinamente aos desenvolvimentos sócio-intelectuais.
Na condição de instituição inacabada, a escola está sempre a espera da última invenção tecnológica para atrelá-la ao seu acervo técnico, na busca do aperfeiçoamento tão ansiado pela sua perene necessidade de novos equipamentos que melhor viabilizem as suas ações inerentes à multiplicação de conhecimentos e a conseqüente lapidação de pessoas.Hoje se houve falar de tecnologia de ponta, referindo- se ao computador, à Internet e outros equipamentos e programas eletrônicos. A escola, por sua vez, sempre necessitou da modernização através de tecnologias mais avançadas, ao longo dos anos, senão vejamos: A simples cadeira para sentar, um dia foi tecnologia de ponta; o lápis, a esponja, o quadro negro ou verde, os mais variados sistemas de iluminação, o mimeografa, o retro-projetor, os sistemas sanitários, o compasso, a régua, as encadernações e etc, tudo isso um dia foi visto pela primeira vez e, certamente, causou impacto, talvez com as mesmas dimensões do provocado pela chagada da informática no âmbito escolar. Na maioria dos casos, foi muito difícil para alguns atores da escola aprender a operar um mimeografa, um retro-projetor e outros equipamentos recentes, à época.
No entanto, a partir da década de oitenta surgiu o computador dotado de estrutura técnica mais complexa que os instrumentos acima citados, exigindo conhecimentos intelectuais mais avançados por parte dos seus usuários. A princípio, parecia que esse avanço nada tinha a ver com o funcionamento da escola, pois, as empresas privadas foram as primeiras a estrear essa novidade. O universo educacional estava acostumado à máquina de datilografia e com outros equipamentos rudimentares; e preferia, na sua grande maioria, a permanecer assim. Alguns dos seus atores tinham essa preferência devido ao medo de parecer ridículo por não terem habilidades nesse tipo de equipamento, embora aplicassem outras desculpas.
Mas quem é a escola? Somos nós professores, quadro diretivo, alunos, quadro de apoio e comunidade, em fim, seres humanos que dão voz e movimento à educação. Nesse contexto, é indispensável que, principalmente os professores estejam sempre buscando conhecimentos dentro e fora da área educacional, ou seja, cultura geral, para que estejam no mínimo preparados para interagir com novas tecnologias.
Foi devido à ausência dessa busca de conhecimentos, que a informática pegou a maioria dos professores da rede pública inabilitados para operá-la, o que causou grande impacto negativo na educação. Foi preciso um movimento por parte das universidades e de algumas secretarias de educação, no sentido de contratar pessoal especializado em informática para preparar os profissionais da educação quanto ao manuseio do computador e torná-lo conhecedor do seu sistema e assim, transformar esse equipamento em instrumento mediador e inovador no processo de ensino e aprendizagem.
Esse impacto vem-se arrastando a décadas, concomitante com a falta de vontade de alguns governantes em equipar as escolas com esse tipo de tecnologia.
Com essa morosidade política-administrativa, parece esvair-se do coração do brasileiro a esperança de ver Brasil atingir o patamar de país de primeiro mundo. Ora! Se avanços como esse não tomam, apriori, os rumos certos, (e o rumo certo da informática no Brasil seria primeiramente as escolas), então não tomamos o curso normal do progresso informático, pois, esse avanço foi experimentado primeiro em ambiente não multiplicador de conhecimento. Infelizmente assunto como este tem que passar pela vontade da maioria dos administradores políticos brasileiros, que por ironia do destino ainda é de pouca intelectualidade. Percebe-se que antes do avanço da informática no Brasil teria sido melhor haver o avanço político tão esperado pelo nosso povo, e nesse contexto, elegermos políticos analfabetos ou apenas alfabetizados, como ocorre principalmente nas regiões longínquas, haveremos de sempre contar com entraves no avanço do emprego correto de tecnologias recentes, como foi o caso da informática na educação pública brasileira, que até a presente data ainda conta com um sensível percentual de escolas que ainda não dispõe de computador e por conseguinte, estão à deriva de milhares de informações necessárias à melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem.
* Acadêmico do Curso de Pedagogia Plena da Universidade Federal do Pará - Professor do Ensino Fundamental e da EJA do Sistema de Educação do Município de Itaituba.

Anúncio provido pelo BuscaPé
Baixaki
encontre um programa:
www.g1.com.br