18 janeiro, 2008

Pará tem quatro casos suspeitos de febre amarela

Já são quatro os casos suspeitos de febre amarela silvestre no Pará, de acordo com a diretora do Departamento de Epidemiologia da Sespa, Ana Helfer. São dois casos em Santa Maria das Barreiras, um em Curralinho e um quarto caso cuja origem não foi citada pela médica da Sespa. Ontem, o Boletim Diário da Febre Amarela, divulgado pelo Ministério da Saúde, exibiu um caso em investigação do Pará, o qual a médica disse se tratar de um homem em Curralinho.
A Sespa já havia tomado conhecimento desse caso na ocasião da morte dos bebês Ester Fernandes Garcia e Gustavo Lopes Coutinho, que vinham de Curralinho e morreram no navio comandante Solon a caminho de Belém, na madrugada de sexta-feira, 11. 'Essa pessoa é anterior ao caso dos bebês e foi levantado o prontuário dele. Toda a história clínica dele é compatível com suspeita de febre amarela', explicou a médica. Com este, os suspeitos da doença no Estado já são quatro confirma Ana Helfer. Isso não inclui os dois bebês, já que a família não permitiu que fossem feitos exames nos corpos.
O boletim divulgado ontem pelo Ministério da Saúde mostra que em todo o Brasil já são sete os casos de mortes em decorrência da doença. Dez casos foram confirmados, sendo que três conseguiram se salvar. Desses, oito foram registrados em Goiás e dois em Mato Grosso do Sul. Todos os casos de óbito foram em Goiás. Há ainda nove casos em investigação, sendo sete em Goiás, um em Minas Gerais e um no Pará. Os prováveis locais de infecção dos casos confirmados ocorreram em áreas silvestres de Goiás e Mato Grosso do Sul.
A campanha de vacinação contra a febre amarela no Pará, marcada para o dia 26 deste mês, foi suspensa pela Sespa (Secretaria Estadual de Saúde) no início da semana porque até então ainda não haviam chegado do MS (Ministério da Saúde) as 170 mil doses de vacinas contra a doença solicitadas pela Sespa para realizar o chamado ‘Dia D’, que seria feito em 64 dos 143 municípios paraenses, localizados em áreas consideradas de risco. Segundo Ana Helfer, o outro motivo da suspensão da campanha é que não há caráter de urgência contra a febre amarela no Estado. A campanha, porém, ainda não tem nova data definida, e, quando acontecer, será em um número de municípios inferior aos 64 previstos inicialmente, com base em um novo mapeamento que a Sespa deveria concluir até o final desta semana. Enquanto isso, em Belém, a população continua correndo aos postos de saúde em busca da vacina.

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