23 setembro, 2008

Paraense tem menor renda na região

O Pará registrou em 2007 o menor rendimento médio entre todos os Estados da região Norte. De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2007), o ganho médio do trabalhador paraense foi de R$ 725. O valor corresponde a 7,3% a mais do valor apontado em 2006, que foi R$ 672. Apesar da evolução de R$ 53, essa também foi a menor expansão entre todos os Estados da região que apresentaram variação positiva.
O Estado do Tocantins, por exemplo, que registrou em 2007 o maior crescimento (11,4%) da região em relação ao ano anterior, teve rendimento médio de R$ 767. Mas são os trabalhadores do Acre que comemoram os maiores ganhos. A média da renda do trabalhador acreano foi de R$ 921, seguido pelo Amapá, com R$ 904; Amazonas, R$ 849; Rondônia, R$ 846; e Roraima, R$ 758.
De acordo com o cientista político Sérgio Roberto Bacury, da Universidade Federal do Pará (UFPA), essa desproporção dos números paraenses com os dos estados da região Norte se deve ao modelo de desenvolvimento concentrado nos projetos minerais. 'O Pará é um Estado com perspectiva de desenvolvimento muito grande, e isso atrai um contingente populacional impressionante. No entanto, os projetos de desenvolvimento estão concentrados nas atividades minerais, que são poucas empresas, com menos emprego e menos renda. Então, quando se divide pela população, dá uma renda per capita muito baixa. Embora tenha crescimento de um ano para o outro, o crescimento é muito reduzido', explica o economista.
Apesar dos indicadores paraenses serem baixos, o rendimento médio apontado no Estado é maior do que o de todos os estados da região Nordeste. A média dos ganhos da região foi de R$ 606, tendo os dois piores índices do País nos estados do Ceará, com R$ 547, e do Piauí, com R$ 546. Já Distrito Federal (R$ 1.970,00), São Paulo (R$ 1.212,00) e Rio de Janeiro (R$ 1.135,00) registraram os maiores rendimentos.
No geral, o rendimento médio do trabalhador do Norte foi o que registrou a segunda maior taxa de crescimento entre as cinco regiões do País. Entre 2006 e 2007, a média dos rendimentos aumentou 5,7%, atingindo R$ 784. Só o Centro-Oeste, que teve a maior expansão (8%), registrou R$ 1.139, superando pela primeira vez o Sudeste (R$ 1.098,00). Para Bacury, o funcionalismo público concentrado em Brasília e as atividades de agronegócio nos estados do Centro-Oeste e da Amazônia são os grandes responsáveis pela expansão dessas regiões em detrimento do Sul e Sudeste.
'A Amazônia e o Centro-Oeste ainda são fronteiras de expansão capitalista no Brasil. Em torno do Centro-Oeste, está o agronegócio, com a agroindústria se expandindo cada vez mais no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul. No caso da região Norte, além dos efeitos da Zona Franca de Manaus, que cresce à medida que o comércio interno se desenvolve, têm os projetos minerais e os agronegócio, que se expandem em torno de Rondônia, Tocantins e no Pará. Então, essas duas regiões têm uma taxa de crescimento muito mais elevada do que o restante do País. Isso vem desde a década de 80. Então, são regiões que continuam se desenvolvendo em uma taxa bastante elevada. Agora, no geral, o Pará é o que menos se desenvolve', analisa.
A pesquisa também revela que os homens, no Pará, receberam cerca de R$ 300 a mais que as mulheres em 2007. Pelo relatório, os trabalhadores do sexo masculino tiveram rendimentos em torno de R$ 799 ante R$ 594 das trabalhadoras do Estado. Foi a maior desproporção salarial entre os sexos de todos os estados analisados nas regiões Norte e Nordeste.
O Liberal

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Nesta manhã, dia 23/09/2008, por volta das 08h30min, a população da cidade de Rurópolis ficou horrorizada com as atitudes da Promotora de Justiça Elaine de Souza Nuayed. Pela manhã, ela foi fotografada saindo da casa do candidato a vereador na chapa 25, ex-candidato a vice-Prefeito Milton Zanetti pela chapa 45, com o qual "toda a população sabe, tem envolvimentos político". O repórter cinematográfico popularmente conhecido como "Zé Bob" foi visto pela Promotora de Justiça e foi agarrado pela mesma e literalmente arrastado pela cidade, pela própria, a qual atravessou a praça da Bíblia, no centro comercial daquela cidade. A Promotora de Justiça exibia o repórter como se fosse um troféu, tomou a bolsa que o mesmo carregava e tentou danificar sua câmera. A população vendo o que ocorria, ficou extremamente revoltada com o abuso de autoridade de Elaine Nuayed, e populares interviram, não permitindo que a mesma o humilhasse o cidadão em via pública. A cena grotesca do abuso de autoridade foi filmada por populares. Foi como se se voltasse à época do faroeste, onde se fazia justiça com as próprias mãos, todavia não é caso, pois o repórter não cometeu nenhum crime. Atos como esses devem ser denunciados, pois é inadmissível que uma autoridade se preste a esse papel.

setembro 23, 2008 7:46 PM  

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