16 abril, 2007

Federal ocupa o Incra em Santarém

Polícia Federal, munida de mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça Federal ocupou desde as primeiras horas da tarde de sexta-feira (13) a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Santarém, no Oeste do Estado, para encontrar documentos que comprovassem esquema de corrupção referentes a criação de assentamentos e processos de licitação na região do oeste paraense.
Ninguém foi preso, mas homens da Polícia Federal vararam a madrugada de sábado em busca de documentos que comprovassem os ilícitos. A assessoria de comunicação do Instituto não se manifestou sobre o caso e nem a superintendência do órgão, que está funcionando na avenida Ruy Barbosa, centro de Santarém.
A reportagem apurou que computadores, pastas e vários papéis foram apreendidos pelos agentes da Polícia Federal. O material apreendido vai ser colocado a disposição da Justiça Federal de Santarém para análise. Pedro Aquino Santana, superintendente do Instituto, também deve ser ouvido pela Polícia Federal e pela Justiça Federal de Santarém.
As principais suspeitas de irregularidades recaem sobre a criação de assentamentos em regiões não propícias. Em um seminário realizado pelo instituto no mês passado, a imprensa internacional disse que o órgão está criando verdadeiras favelas no interior da Amazônia. Outra irregularidade diz respeito a contratos de compra de equipamentos por assentados. Algumas lideranças denunciaram no inicio do mês passado que o órgão estaria direcionando a compra dos equipamentos para algumas empresas da cidade. A denuncia chegou a ser feita pela imprensa local, mas na oportunidade na da foi feito. O jornal O LIBERAL' também chegou a noticiar uma denuncia de lideranças comunitárias do assentamento de Serra Azul no município de Monte Alegre, no Oeste do Estado. O assentado Edmilson Rodrigues acusou o instituto de ter fechado um contrato com uma madeireira da cidade para lotear as áreas das famílias assentadas. Em troca, a empresa iria ter o direito de retirar toda a madeira existente na área. O instituto negou a existência do contrato através de sua procuradoria jurídica.
A investigação ocorrida na sede do instituto foi executada a pedido do procurador da república Felipe Fritz Braga.
As investigações recaem também sobre o processo licitatório de seis mini-usinas hidrelétricas construídas em comunidades do interior de Santarém. .

Fonte: O Liberal

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