23 abril, 2007

Jacareacanga: Prefeitura realiza IX Feira Indigena

Atualmente do contingente populacional de Jacareacanga cerca de 50% é formado pelo povo Munduruku. A convivência entre brancos e índios é de forma pacífica e ordeira, onde a cultura de cada povo é respeitada e preservada. O prefeito Carlos Augusto Veiga é o único gestor brasileiro a governar duas nações. O governo da Competência e Seriedade vem administrando com muita maestria as ações voltadas para educação, social e saúde, uma vez que o atendimento à população é feito sem distinção de raça. Na cultura, por exemplo, a administração pública municipal vem mantendo e incentivando este setor, pois segundo o prefeito Carlos Veiga, as raízes de um povo está em manter vivo seus costumes e suas crenças. “Incentivar e preservar a cultura do povo Munduruku é manter viva a identidade desta nação. No município de Jacareacanga há uma miscigenação muito grande de raças, no entanto há uma grande preocupação de nossa administração em preservar a cultura mundurukânia”, disse o gestor, que para dar ênfase às suas palavras, determinou a Secretaria Municipal de Educação, através da coordenação de cultura do município que realizasse a IX-Feira Cultural Indígena, com o tema “Cultivando a Cultura Indígena”, o evento aconteceu nos dias 18 e 19 de abril deste ano e recebeu a visita de mais de 3 mil pessoas.
A abertura do evento contou com a presença do vice-prefeito José Crixi, os vereadores indígenas Isaias Crixi e Hans Kabá Munduruku, da secretária municipal de educação Regina Coeli Veiga, educadores, e da população em geral.
Na abertura oficial do evento o vereador Isaias Crixi disse que o povo indígena precisa de mais integração. “Nesta feira indígena temos a oportunidade de mostrar nossa cultura e nosso artesanato”, disse Isaias Crixi. Já o vereador Hans Kabá Munduruku, que fez questão de estar vestido a caráter, falou da importância da convivência pacifica entre brancos e índios.
Durante o evento, o povo indígena mostrou a sua cultura e arte do artesanato munduruku. Já a dança típica mundurucania ficou por conta de um grupo de indígenas e não indígenas de várias escolas do município. A arte do artesanato foi mostrada através da construção de 7 barracas, demonstrando a habitação do índio nas aldeias. Algumas barracas foram confeccionadas com palha, sapê, taipa, ripas de buriti, ripas de açaí e de madeira de lei. As modalidades esportivas praticadas pelo povo indígena também foram destaques na Feira Indígena. Corrida com o tronco, arremesso de lança, arco e flecha, entre outros.
Para avaliar o desempenho de cada barraca e unidade escolar, foi criada uma comissão de avaliação que foi formada por Aurimar Ferreira Galvão, da coordenação de cultura de Itaituba e Diomark Pereira educador indígena de Itaituba. Vários tópicos foram avaliados, como a melhor barraca, melhor orientador, melhor guerreiro, melhor pajé entre outros. Na categoria barraca, com 79,5 pontos a barraca de barro da escola Carmem Valente conquistou o primeiro lugar. E melhor orientador foi o professor Francidelson da barraca de barro. Já a melhor dança foi apresentada pela barraca de açaí.Na cerimônia de encerramento o prefeito Carlos Veiga em seu discurso disse que o seu governo não mede esforços para incentivar e resgatar a cultura do povo de seu município. “A história de luta do povo Munduruku está presente em nosso município, na nossa história política e social e no crescimento deste município”, disse Carlos Veiga. “É momento de pregarmos a paz entre a nossa gente. A perseguição, o ódio e o rancor não desenvolvem um município. Vamos trabalhar juntos para que tanto índio como não índio tenham uma melhor qualidade de vida. Pois é com educação, saúde e políticas sociais que se constrói a história de um povo, de uma nação”, concluiu o prefeito.

Por Nonato Silva

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