26 abril, 2007

Ouro do Tapajós atiça investidores internacionais

A CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais) vai aplicar, neste ano, R$ 5,5 milhões em estudos minerais que envolvem o levantamento aerogeofísico e o mapeamento geológico no sul do Amazonas, onde se encontra a província aurífera do rio Tapajós, e em regiões como a do rio Jatapu, localizado a nordeste do Estado.
De acordo com o superintendente interino do órgão, Marco Antônio Oliveira, a companhia vai destinar R$ 3,5 milhões para a realização do levantamento aerogeofísico na região sul do Amazonas, com o objetivo de identificar no mapa geológico alvos potenciais para prospecção de ouro.
O geólogo explicou que esse trabalho é um sistema de investigação indireto, feito por via aérea, em que um sensor capta o magnetismo das rochas e a radiação que elas emitem. Com base nessas características, os pesquisadores vão ter em mãos um mapa antes de ir a campo. “É possível que consigamos percorrer toda a borda Sul do Amazonas em 2007, do Tapajós até o limite com Rondônia, na fronteira entre o Amazonas e o Mato Grosso. A idéia é sobrevoar de forma contínua essas áreas”, afirmou Oliveira.
Segundo Marco Antônio, a elaboração do mapa também interessa às empresas de mineração, porque por meio dele elas poderão identificar regiões promissoras. Para ter acesso às informações geológicas colhidas pela CPRM, os empreendedores terão que comprar o mapa, por um custo afixado pelo órgão. “Há uma corrida pelo ouro na região do Tapajós que não é divulgada. Lá existem várias empresas juniores do Canadá, Estados Unidos, Austrália e Brasil que estão trabalhando nos municípios de Itaituba e Jacareacanga (PA) e em Maués”, apontou.
O ouro que as corporações procuram na província do Tapajós, conforme o superintendente, não é o que está contido na foz ou nas margens dos rios, como no garimpo de Apuí, mas o que está preservado embaixo das rochas, em jazidas de no mínimo 30 toneladas.
Enquanto os garimpeiros buscam o ‘ouro fácil’ do solo, as mineradoras investem em pesquisas para descobrir uma jazida de classe mundial, com pelo menos 100 toneladas de minério. Ao mesmo tempo em que é altamente rentável, a atividade de exploração mineral é o foco de poucos grupos brasileiros pelos riscos que representa. De acordo com o superintendente da CPRM, os investidores australianos e canadenses são mais ousados na aplicação de recursos voltados a pesquisas geológicas.
Fonte: Jornal do Comércio - AM

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