Pão indígena de 90kq descoberto em Monte Verde
O desafio era chegar a comunidade de Monte Verde, percorrendo 57 quilômetros, passando pela estrada de Barreiras e vicinais de Farturão e Mumuru, para enfim, chegar ao destino, ou seja, ao local da descoberta de um pão indígena calcificado pela ação do tempo.
A equipe
formada por um motorista, um cinegrafista, um nativo e pela diretora do Museu Aracy Paraguaçu Regina Lucirene, não mediu esforços para conhecer e reconhecer um prato da culinária indígena, ou seja, um pão de 90 quilos que daria uma farta ceia. De acordo com a opinião dos expedicionários, o pão, bolo ou beiju, teria sido feito de inhame, uma raiz comestível comum na culinária local.

O pão indígena estava em um local de difícil acesso, numa área
de terra preta, guardado em um metro de profundidade. Depois de muito trabalho com pás e picaretas para remover o pão que com o resgate foi dividido em dois pedaços, a equipe cuidadosamente empacotou o pesado achado, como um bem precioso de valor histórico, e quem sabe depois de pesquisa feita por especialistas, revele os costumes alimentares saudáveis de alguma tribo indígena que habitava a região.

Para a diretora de cultura Regina Lucirene, o achado é importante para o museu, destacando que se faz necessário a presença de técnicos do museu Emílio Goeldi, para se saber a origem do pão, já que a região não era habitada somente pelos índios Munduruku, mas por outras tribos como os Apiakás, Paritintis e Maués. O pão indígena dividido em dois pedaços está exposto no Museu Aracy Paraguaçu.
Autor: Marilene Silva - Fonte: CCS
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home