14 maio, 2007

Causa dos temporários perde terreno

Na última reunião dos líderes dos partidos realizada na Câmara dos Deputados, o deputado Walter Pinheiro (PT-BA) jogou um balde de água fria na expectativa dos servidores temporários em regularizar a situação de instabilidade junto aos órgãos públicos nos quais estão lotados. Por meio do Projeto de Lei Complementar (PEC) 054/99, os temporários de 15 estados do País buscam a efetivação após mais de dez anos de serviços prestados. Na reunião, o deputado petista afirmou ser contra a PEC e chamou de 'trem da alegria' a atitude dos temporários em querer regularizar a situação.
Depois desse percalço na luta dos temporários, a Comissão Nacional dos Servidores Temporários, articulou com algumas lideranças da bancada paraense, uma retomada das discussões. Há mais de dois anos na briga pela efetivação dos trabalhadores no serviço público, a PEC - que concede estabilidade aos servidores temporários contratados até 1998 - atinge cerca de 17 mil servidores somente no Estado. De acordo com Suzete Cardoso, integrante da comissão, 'é importante haver um acordo, pois o prazo para a demissão desses trabalhadores no Pará termina em dezembro', afirma.
Está prevista para esta semana uma reunião com a bancada do PT que irá discutir o rumo da PEC e a definição da data da inclusão para votação. A conversa com o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) animou a coordenação dos temporários em Brasília. Suzete Cardoso afirma que o deputado assegurou um desfecho favorável na reunião. Para ela, essa semana será de 'tudo ou nada'.
O deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), um dos que apóiam a reivindicação, afirmou não só discutir a PEC 054/99 e a possível data para a votação em plenário, promete ainda discutir o mérito do projeto. Em todo o Brasil são 357 mil servidores que dependem da aprovação da PEC em 15 estados (Acre, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Roraima, São Paulo e Tocantins).
Os temporários já garantiram apoio de alguns dos parlamentares da bancada paraense. Além do tucano Zenaldo Coutinho, os deputados Asdrúbal Bentes, Wladimir Costa e Zequinha Marinho se dispuseram a dialogar com o líder do PMDB, Henrique Alves (RN). Paulo Rocha, Zé Geraldo e Beto Faro devem intervir junto ao presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP). Os democratas Lira Maia e Vic Pires farão o mesmo junto ao líder do DEM, deputado Ônyx Lorenzonni (RS).
O Liberal

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