25 dezembro, 2008

Cawboy Fora da Lei foi composta em Itaituba


Foi na década de 80(Que Raul considerava uma década perdida), mas precisamente 1986 Itaituba vivia uma fase de ebulição política, no auge do ouro, nossa cidade só aparecia nas manchetes de jornais como a “terra da Pistolagem, Faroeste Caboclo”, em face das mortes constantes nos garimpos ou na cidade, em sua maioria crime de encomendas que transformavam a cidade num tribunal livre. Silvio Macedo era candidato a prefeito e houve muitos crimes relacionados à política, crimes que ficaram na impunidade.
Nesse período Raul Seixas esteve em Itaituba, ficou alguns dias na casa do atual vice-prefeito e prefeito na época, empresário Silvio Macedo, que costumava trazer grandes nomes da MPB e mesmo quando não eram trazidos por Silvio, costumavam se hospedar na casa do empresário, as margens do Rio Tapajós que tem uma paisagem paradisíaca. Nesse período Silvio Macedo se divida entre Itaituba e Rio de Janeiro.
Silvio afirma, com testemunho do piloto Klilnger que foi quem conduziu Raul Seixas aos garimpos do Tapajós para shows no Marupá, que a música “CAWBOI FORA DA LEI”, teria sido criada , aqui em Itaituba tendo em vista que quando Raul Seixas esteve por aqui fazendo shows nos garimpos e na sede do Karrapicho em Itaituba, essa música não fazia parte do seu repertório e um ano depois a mesma começou a ser tocada em todo o pais.
A matéria prima da letra, segundo Silvo teria sido exatamente os crimes, as ameaças, a violência exarcebada que ocorria em nosso município e que os três dias em que o famoso roqueiro esteve conosco, foram suficientes para ele testemunhar alguns fatos dessa natureza que serviram de inspiração, até mesmo porque o próprio Silvio Macedo como candidato a prefeito também era vitima de ameaças de morte na época e Raul Seixa havia se tornado grande amigo de Silvio e Klilnger, que também reforça a idéia da música ter sido composta em Itaituba.
Umas das partes da música em que fala “Cawboi fora da lei seria uma referência aos pistoleiros que matavam a sangue frio e com muita ousadia, num acinte as leis estabelecidas no estado ainda com resquícios de “Coronelismo” num estado paralelo onde o ouro tinha grande poder de influências. Raul compôs a Música num estilo deboche com visão crítica retratando a omissão, a impunidade, o poderio econômico e outros fatores comuns na época...Quanto Itaituba ainda vivia lembranças da ditadura militar quando estava deixando de ser Área de Segurança Nacional, Raul Seixas resolveu tirar um sarro dos militares do 53º BIS local, que guarneciam seu show, interpretando uma música em que a letra fala “Mamãe eu não queria servir o exército”. A maneira como ele gesticulou desfilando e fazendo continências ao cantar “Marcha soldado cabeça de papel, quem não marchar direito vai preso pro quartel” no palco em tom de ironia quase tirando os oficiais do sério criou um clima no mínimo constrangedor para delírio do púbico que aplaudia com entusiasmo Raul Seixas.
Quem quiser saber maiores detalhes acerca deste e de outros episódios sobre a passagem de grandes artistas da MPB por Itaituba e garimpos do Tapajós, além de causos dos ciclos da borracha, dicionário do garimpêss, garimpagem e outros temas históricos relevantes pode adquirir o Livro “TAPAJÓS: HISTÓRIAS & ESTÓRIAS E OUTRAS MOAGENS” , do jornalista e pesquisador Nazareno Santos, pelos E-meios Tribunna@hotmail.com, nazarenoatribuna@bol.com.br ou pelos fones(OXX)93 3518-7141 ou celular 811940. O livro custa 25,00 o exemplar que será remetido via correio com frete incluso. O depósito pode ser feito na conta 0754-4- 25.307-3 –Agência do Banco do Brasil, em nome de José Nazareno Dos Santos Ferreira- Itaituba, Estado do Pará- Região Oeste do Pará- Brasil.
Obs: O livro é resultado de 13 anos de pesquisa sobre os temas históricos abordados.Obs: A foto de Raul Seixas é de Juan Luiz Guerra, gentilmente cedida do arquivo pessoal de Kika Seixas, em apoio a esse trabalho de pesquisa.
Nazareno Santos

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