31 dezembro, 2008

Reforma ortográfica entra em vigor nesta quinta-feira

A reforma ortográfica começa a vigorar amanhã (1º) e pretende fazer com que pouco mais de 230 milhões de pessoas em oito países que falam o português tenham a escrita unificada, conservando as variadas pronúncias.
A proposta foi apresentada em 1990, mas era necessário que pelo menos três países concordassem com os termos da proposta, o que ocorreu somente em 2006. O Congresso brasileiro aprovou as mudanças em 1995. Mas por que padronizar o português?
O português, segundo estudos, é a quinta língua mais falada no mundo – cerca de 210 milhões de pessoas – e tem duas grafias oficiais, o que dificulta o estabelecimento da língua como um dos idiomas oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU) . A ortografia-padrão facilitará o intercâmbio cultural entre os países que falam português. Livros, inclusive os científicos, e materiais didáticos poderão circular livremente entre os países, sem necessidade de revisão, como já acontece em países que falam espanhol. Além disso, haverá padronização do ensino de português ao redor do mundo.
Existem duas ortografias oficiais da língua portuguesa: a do Brasil e de Portugal. A norma portuguesa é a que serve de referência para o ensino de português em outros países. O vocabulário português contém palavras escritas com consoantes mudas, como Egipto e objecto. Em outras, como indemnizar e facto, as consoantes "a mais" são pronunciadas. Além disso, nas sílabas tônicas seguidas de m e n, o som é aberto. Por exemplo, a palavra econômico (escrita brasileira) é escrita e lida económico em Portugal.
Nesta quinta-feira, alguns jornais já circularão respeitando as novas regras. Mas não se assuste com as palavras grafadas de maneira diferente - os brasileiros têm um período de adaptação: até dezembro de 2012, as duas formas vão caminhar em harmonia e as mudanças não poderão eliminar candidatos em vestibulares, concursos e exames escolares.
A reforma ortográfica vai modificar cerca de 3 mil verbetes, o equivalente a 5% das palavras reconhecidas oficialmente no idioma português. O alfabeto, hoje com 23 letras, vai engordar. Ficará com 26, com a incorporação definitiva do k, do w e do y, que sempre viveram à margem, mesmo compondo algumas palavras da língua.
Diário do Pará

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