22 novembro, 2006

Cúpula do PPS, PMN e PHS formaliza hoje criação do novo partido, a MD

Estratégia: Com a fusão, partidos pequenos conseguem superar a cláusula de barreira e sobreviver.

Representantes dos diretórios regionais do PPS, PMN e PHS reúnem-se hoje, às 18 horas, para fechar os últimos detalhes da fusão que transformou os três partidos na Mobilização Democrática (MD). O presidente estadual do PPS, deputado Arnaldo Jordy, deverá ser confirmado presidente da nova legenda, criada às pressas no esforço de driblar a cláusula de barreiras e manter a representação política dos partidos no Congresso.
A MD foi aprovada em congresso conjunto das três legendas, em Brasília, no domingo, 19. 'Já somos um partido único', comemorou, na ocasião, o deputado federal Roberto Freire (PE). Segundo ele, a MD estará aberta ao diálogo com o governo federal, apesar de não apoiá-lo. 'Queremos reformas, desenvolvimento econômico sustentável que gere justiça social sem o assistencialismo que não abre perspectivas para o fim da pobreza', disse.
Segundo Jordy, a MD terá práticas de esquerda. Em congresso marcado para julho do ano que vem, os 120 membros do diretório nacional e representantes regionais deverão fechar detalhes do novo partido, que poderá, eventualmente, mudar de nome, para Mudança Democrática Socialista ou de Esquerda. 'Surgimos para protestar contra a oligarquização da representação política no Congresso trazida pela cláusula de barreira', justifica o deputado.
O novo partido, que terá o número 33, será a sexta bancada da Câmara, com 27 deputados federais (22 eleitos pelo PPS, três pelo PMN e dois pelo PHS). Terá ainda um senador, dois governadores (Blairo Maggi, do Mato Grosso, e Ivo Cassol, de Rondônia, eleitos pelo PPS), quatro vice-governadores (TO, RO e MA, pelo PPS, e AM, pelo PMN), 81 deputados estaduais (42 eleitos pelo PPS, 32 pelo PMN e sete pelo PHS), 367 prefeitos (307 do PPS, 31 do PMN e 29 do PHS), além de quase quatro mil vereadores.
Com a fusão, a MD terá o mesmo tempo de televisão das grandes legendas do País, como PT, PMDB, PSDB e PFL. Serão 20 minutos semestrais de veiculação partidária e mais 40 minutos de inserções nos intervalos comerciais das redes de televisão. Nos Estados também estará garantido o mesmo tempo para a propaganda partidária estadual.
Outra vantagem é o tempo garantido para o horário eleitoral, destaca Jordy. Segundo estimativas da direção nacional do PPS, o novo partido (considerando-se seus 27 deputados federais) já largará com um minuto e 22 segundos, que será acrescido do tempo resultante da divisão entre as legendas que disputarão um pleito.
Fonte: O Liberal

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