25 novembro, 2006

Droga Contra Malária Resistente a Remédios Será Aprovada no Brasil


O trabalho de instituições que buscam saídas para doenças negligenciadas também ganha força no Brasil. Nos próximos dias, um novo remédio contra a malária, que consegue vencer as formas mais resistentes da doença, deve ser registrado no país. O feito é fruto de um trabalho liderado pela Iniciativa por Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDI, em inglês).
A DNDI reúne esforços de organizações não-governamentais, como a Médicos Sem Fronteiras; de governos, como o Ministério da Saúde da Malásia; de agências das Nações Unidas, como a Organização Mundial de Saúde (OMS); e de institutos de pesquisa -- públicos, como a brasileira Fundação Oswaldo Cruz, e privados, como o francês Instituto Pasteur.
“Nós catalisamos esforços em prol de remédios para doenças que atingem, principalmente, pessoas pobres”, explica Christina Zackiewicz, representante da DNDI na América Latina.
A busca por remédios contra a malária é uma das metas da iniciativa. “Quando o assunto é malária, muitas pessoas acreditam que esse é um problema resolvido, que temos muitos remédios. E temos. O problema é que boa parte desses remédios já não está mais adiantando. O parasita está criando resistência”, explica Zackiewicz.
O remédio desenvolvido pela DNDI, que combina os compostos artesunato e mefloquina, é um medicamento novo, que consegue vencer mesmo as variantes mais resistentes da doença com um tratamento simples -- que dura apenas três dias. Sua taxa de sucesso passa dos 90%. Outro ponto positivo é que ele é seguro e pode ser usado tanto por idosos, quanto por crianças. E, além de tudo, é mais barato que os remédios atuais.
A combinação artesunato/mefloquina foi desenvolvida especificamente para a América Latina -- especialmente para a região amazônica. A DNDI também desenvolveu outro medicamento, a base de artesunato com amodiaquina, voltado aos países africanos -- onde a doença afeta ainda mais pessoas.
Fonte: O Globo

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