18 janeiro, 2007

Cometa aparece e surpreende os astrônomos


MCNAUGHT - Batizado com o nome de seu descobridor, cometa ainda pode ser visto a olho nu.
Até o próximo sábado vai ser possível observar, sem o auxílio de equipamentos, o cometa McNaught, que recebeu esse nome em homenagem ao seu descobridor, o cientista Robert McNaught. O cometa é um dos mais recentes e surpreendeu a comunidade científica pela intensidade do seu brilho.O professor Luís Carlos Crispino, coordenador do Núcleo de Astronomia da Universidade Federal do Pará, explica que cometas são corpos do sistema solar, compostos por gelo, poeira e eventualmente rochas. São objetos pequenos, em termos astronômicos, que podem abranger alguns quilômetros. São fenômenos que acontecem raramente, mas com periodicidade. Como no caso do cometa Halley que passa próximo da terra a cada 76 anos e cuja última passagem foi em 1986. “É importante não confundir com estrelas cadentes, pois a passagem de cometas demora alguns dias, ao contrário das estrelas”, afirma. Do cometa McNaught pouco se sabe, pois ele foi descoberto em agosto de 2006. O periélio do cometa (isto é, o momento em que ele passou mais próximo do Sol, e portanto pode ser melhor visto), foi no dia 12 de janeiro. “O calor do Sol derrete o gelo do cometa, e o vento solar empurra o que foi derretido em direção contrária ao astro, formando a cauda”, explica Crispino. Uma das características do McNaught é que o brilho dele é o mais forte entre todos cometas dos últimos 30 anos.Estudantes do Núcleo de Astronomia estão tentando observar o cometa há alguns dias mas não conseguiram devido o céu estar nublado. A observação é feita em cima do prédio da reitoria, que é o ponto mais alto do campus.Quem quiser observar McNaught também deve procurar lugares altos. “Basta olhar para o horizonte, próximo ao local onde o Sol se pôs. O cometa estará um pouco acima de onde estava o sol e estará visível por cerca de duas horas. Pode ser visto a olho nu ou com o auxílio de binóculos de pequeno alcance”, explica o professor
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Fonte: Diário do Pará

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