Virose lota o Pronto Socorro Municipal de Santarém
Em Santarém, oeste do Estado, as chuvas de abril e as baixas temperaturas facilitam a transmissão de viroses não identificadas que atacam o sistema respiratório de adultos e crianças nos últimos três meses. Os sintomas são febre, dor de cabeça intensa, dores nos ossos e nos músculos durante no máximo por sete dias, não evoluindo para quadros clínicos mais graves. Entretanto, em alguns casos, a virose pode evoluir para doenças como febre amarela, pneumonia, meningite viral e dengue, alertam os médicos.
Os especialistas em doenças virais aconselham o desligamento dos aparelhos de ar-condicionado três vezes ao dia. A renovação do ar em ambientes fechados como shoppings, empresas públicas e privadas pelo menos meia hora por dia é outra medida higiênica.
Em Santarém, os corredores do Hospital Municipal de Santarém (HMS) ficam lotados diariamente. Todos os dias dão entrada na sala de emergência do Pronto Socorro Municipal cerca de 300 pessoas, das quais aproximadamente 60% apresentam febre alta, mal estar, dores de cabeça e musculares.
A cada ano os casos de virose aumentam consideravelmente conforme explica o médico plantonista, Júlio César Imbiriba, que atua há mais de 20 anos no PSM. Segundo ele, a oscilação do clima favorece a proliferação do vírus, uma vez que há dias em que as chuvas são intensas e o sol dificilmente aparece. Quando isso acontece, há um choque térmico e o organismo do indivíduo deverá acostumar-se aos poucos com essa disparidade, conseqüência disso, são as fortes gripes que a população compara à dengue, segundo o médico.
Ele explica que a dengue também é uma virose, com sintomas semelhantes, embora com um tipo etiológico diferente, podendo ocasionar danos maiores à saúde, em especial às crianças e os idosos. A dengue acometeu poucas pessoas em Santarém, conforme os exames laboratoriais feitos para diagnosticar a doença nos pacientes que procuraram o PSM.
Nas escolas municipais, há salas em que cerca de 50% da turma está infectada pelo vírus. 'Na quarta feira, ministrei aula para apenas 17 alunos, de uma turma de 45 estudantes. Alguns já estão melhorando, outros vão febris e os demais estão de cama', disse a professora Vilma Melo, ressaltando que vai ter que revisar todo o assunto ministrado em aulas anteriores, uma vez que prejudicará os alunos doentes e conseqüentemente o rendimento escolar irá diminuir.
Além das escolas, os logradouros públicos e empresas privadas estão sofrendo com a ausência de seus funcionários. Para comprovar a doença, os empregados devem solicitar atestado médico, comprovando os dias em que não pôde comparecer ao trabalho.
Imbiriba recomenda ingestão de bastante liquido e repouso, até que os sintomas desapareçam, evitando recaídas e doenças mais graves. 'É necessário que as mães cuidem bem de seus filhinhos e que os filhos, de seus pais mais idosos, posto que estes são mais frágeis e vulneráveis, caso não recebam os cuidados necessários', atentou o médico.
Apesar dos casos de dengue não serem alarmantes no município, a Secretaria Municipal de Saúde adota medidas preventivas contra o mosquito da dengue, como visita dos agentes epidemiológicos e o fumacê para evitar um surto de dengue no município.
Fonte: Agência Amazônia
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