27 fevereiro, 2008

Produção mineral do Pará cresce 14%

O setor mineral foi o responsável pela posição de destaque do Pará na balança comercial do Brasil – o estado fechou o ano com o segundo maior superávit do país, atrás apenas de Minas Gerais. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM Amazônia), a indústria mineral paraense alcançou, em 2007, um valor de produção de US$ 8 bilhões – um crescimento de 14% em relação ao ano anterior, quando o Pará alcançou o valor de US$ 7 bilhões.
Como nos demais anos, novamente o minério de ferro liderou o ranking, respondendo por 35,2% do valor produzido no Pará. Em seguida veio a alumina (17,6%), o alumínio (15,1%) e o cobre (11,3%).
Alberto Rogério da Silva, consultor do IBRAM Amazônia e responsável pelo levantamento, afirma que, no ritmo acelerado que o setor segue, nos próximos cinco anos, o valor de produção mineral irá triplicar e atingir os US$ 25,9 bilhões. “Os investimentos que estão sendo feitos e que irão perdurar até 2012, com a entrada de novos projetos e expansão da maioria dos atuais, somam algo em torno de US$ 17 bilhões. Desse total, 97% serão efetivados pela Vale, a maior parte deles na região sudeste do Pará, que responderá pela maior fatia (86%)”, explica o consultor.
Os dados do levantamento do IBRAM Amazônia demonstram que, dos US$ 8 bilhões registrados no ano passado, Parauapebas teve a participação de 35,8% com a produção do minério de ferro, já Barcarena contribuiu com 33,3%, puxado pela alumina e alumínio. Em terceiro lugar, veio Canaã dos Carajás, com a produção do minério de cobre, o equivalente a 10%. “Nossa grande surpresa foi Paragominas, com 0,8%, representando o início do projeto Bauxita da Vale, que irá suprir a planta da Alunorte e futuramente outra planta de alumina, ambas instaladas em Barcarena”, observa Alberto Rogério.
Outro fator relevante para o superávit da balança comercial paraense, de acordo com o IBRAM, foi o grande volume de compras realizado pelo setor em 2007. Segundo dados do Programa de Desenvolvimento dos Fornecedores (PDF), da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), o montante foi de US$ 790 milhões, um avanço de 25% em relação a 2006.
As contratações do ano passado também foram destaque e geraram 65 mil postos de trabalho, dos quais cerca de 45 mil representaram contratação direta. Em 2007, a indústria da mineração, na maior parte do tempo, liderou o crescimento de emprego no Pará e, comparado com 2006, mostrou um avanço médio de 30%.
Desenvolvimento - A evolução do setor também significa desenvolvimento direto e indireto do estado, segundo Paulo Camillo Penna, presidente do IBRAM. Como crescimento direto, o presidente destaca, por exemplo, a arrecadação de impostos, como a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), contribuição paga pelas mineradoras e que, por lei, deve ter suas receitas aplicadas somente em projetos para o benefício da comunidade local. “Em 2007, A CFEM da indústria extrativa mineral paraense alcançou os US$ 83 milhões, superando inclusive as previsões iniciais de se chegar a essa cifra somente em 2010”, afirma o presidente.
Já o aquecimento da economia na região, onde a atividade de mineração é desenvolvida, o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto Sobre Serviços (ISS) são exemplos, de acordo com Paulo Camillo, de benefícios indiretos. “Além disso, é importante levar em consideração os projetos de desenvolvimento social que voluntariamente as mineradoras levam para as regiões onde atuam, como o patrocínio de projetos musicais e de preservação do patrimônio histórico, ou ainda o incentivo à educação e à inclusão digital”.
O levantamento geológico no Brasil foi realizado em apenas 30% do território nacional. Segundo Paulo Camillo, ainda há muito para se descobrir no Pará e na Amazônia, região considerada por especialistas do setor como a última fronteira mineral do mundo. “Toda atividade do setor é hoje baseada no tripé do desenvolvimento econômico, social e ambiental”, avalia o presidente. “A mineração leva em conta hoje os compromissos com o desenvolvimento sustentável e com a utilização de tecnologias que diminuam os impactos ambientais provocados pela atividade”, finaliza.
Devido ao momento positivo que o setor mineral vive no Pará, o IBRAM realiza, de 10 a 13 de novembro, em Belém, a Exposição Internacional de Mineração na Amazônia - Exposibram Amazônia 2008 e o I Congresso Internacional de Mineração da Amazônia. Os eventos contam com o apoio da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa) e Governo do Estado. Os estandes já estão a venda e as informações podem ser obtidas pelo e-mail
eventos@temple.com.br.

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