28 março, 2007

Movimento pelo Estado do Tapajós lança campanha


Movimento pelo Plebiscito de Criação do Estado do Tapajós lançou, na manhã de ontem, na Câmara de Vereadores de Santarém, no oeste do Estado, um abaixo-assinado que pretende arrecadar 500 mil assinaturas em todos os municípios que vão integrar o novo estado. 'A campanha serve para pressionar os congressistas principalmente da Câmara dos Deputados onde o projeto está agora para ser votado', explica Ednaldo Rodrigues, o secretário executivo do movimento.
Na Câmara Municipal, autoridades políticas e civis revezaram-se na tribuna com discursos em favor da consulta que pretende criar o estado do Tapajós. Vereadores, sindicalistas, estudantes, e o prefeito em exercício, José Maria Tapajós, declararam total apoio ao abaixo-assinado que vai percorrer os municípios do oeste paraense.
O projeto 0731/2000 que está na Câmara Federal já possui uma emenda popular com 17 mil assinaturas. 'Esta emenda popular tem uma força muito grande. Imagina vocês, nós chegarmos a 500 mil assinaturas. É um respaldo popular ao projeto e ao parlamentar que estiver ajudando a população', afirma Ednaldo. Também foram apresentados pelo coordenador do Movimento, Edivaldo da Silva Bernardo, modelos de folder e adesivos que vão dar um suporte de marketing à campanha. Em seu discurso, Edivaldo, que também é professor universitário, apresentou os cinco motivos para criar um novo estado e disse que o estado do Tapajós já nasce com 5º maior PIB (Produto Interno Bruto) da Amazônia.
'A falta de presença do poder público em áreas isoladas como o Oeste do Pará, trava o desenvolvimento econômico regional. Estados gigantescos como Pará e o Amazonas, são inviáveis do ponto de vista sócio-econômico e administrativo. Os EUA, sem o Alasca, têm área menor que a do Brasil e contam com o dobro de Estados. A criação do Novo Estado na região do Oeste do Pará, mais do que um projeto político, é um projeto de desenvolvimento estratégico de segurança nacional, econômico e social no Norte do Brasil. A criação do Novo Estado servirá para solidificar a vigilância e a soberania, sobre as riquezas, proporcionando o desenvolvimento harmonioso do Brasil e gerando aproximadamente 200 mil empregos. Dada à distância que separa a Região do Baixo Amazonas da capital do Pará, o futuro Novo Estado, na prática, já se constitui uma unidade com vida própria', frisou Edivaldo, destacando que os argumentos estão estampados nos folders que serão distribuídos pela campanha.
Os organizadores querem arrecadar as assinaturas num prazo de 123 dias. 'O projeto deve ser levado à pauta na primeira quinzena do mês de agosto. E o abaixo-assinado deve chamar a atenção da opinião pública nacional para dizer que não é um pedido isolado e sim um pedido de mais de 1,3 milhão de habitantes, que compõem a região oeste paraense', destaca Ednaldo Rodrigues. 'Existe um cronograma onde todos os municípios do oeste paraense vão criar comitês para arrecadar as assinaturas. Hoje a campanha está na cidade de Prainha', emendou o secretário.
O projeto já passou pelas comissões de constituição e justiça da Câmara e do Senado, e o plenário do Senado. 'Agora, só falta o plenário da Câmara e depois disso fica estabelecido o período de seis meses para realização do plebiscito', explica Ednaldo.
Fonte: O Liberal

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