17 novembro, 2008

Marido mata mulher porque estava cansado de levar surra

Polícia Civil de Itaituba, sudoeste do Estado, prendeu, por volta das 22 horas de sábado, João Alves de Lima, que confessou ter matado a mulher dele, Berenice Gonçalves de Sousa. O crime ocorreu na casa do casal, localizada na 8ª Rua do Jardim das Araras, periferia da cidade. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, a vítima morreu baleada. O tiro atingiu o rosto da mulher.
Segundo depoimento de Francisco Iriston, tio da vítima, ele e sua esposa estavam deitados quando o casal ouviu o barulho "como de uma bomba" vindo do interior da residência ao lado, onde moravam sua sobrinha Berenice e o marido dela, João Alves. Francisco disse aos policiais que foi até a residência do casal averiguar o que tinha ocorrido. Lá, encontrou João Alves com um revólver calibre 32 na mão, com duas munições deflagradas, e Berenice caída de bruços no chão.
Francisco diz que pediu que João colocasse a arma no chão e foi obedecido. Depois, pegou o revólver com um pano. Ele também diz que mandou que João ir à procura de um carro para socorrer a vítima. João, que tem apenas 22 anos, disse a Francisco que sua "mulher havia pegado a arma e se matado".
Minutos depois o irmão da vítima, que é soldado do Corpo de Bombeiros e foi identificado apenas como Railson, apareceu na residência do casal e tentou reanimar Berenice, mas a mulher já estava morta. Railson então acionou o Corpo de Bombeiros, a PM e a Polícia Civil para averiguar o que realmente acontecera na residência de sua irmã.
Depois de ouvir Francisco Iriston e sua esposa, a delegada Flávia Leal decidiu autuar João em flagrante por homicídio doloso. O acusado está detido em uma das celas da 19ª Seccional. Na delegacia João Alves confessou o crime e relatou que há cinco anos vivia com a vítima, com quem tem uma filha de 3 anos. Segundo ele, constantemente o casal "brigava" porque ele chegava tarde em casa, algumas vezes embriagado. Disse também, constrangido, que a mulher o agredia fisicamente.
Ele disse que na noite do crime chegou em casa por volta das 22 horas e pediu que a mulher servisse o jantar. Berenice foi para cozinha, "mas xingando e ameaçando me bater". Com medo de apanhar mais uma vez e "cansado de ver ela me batendo, fui ao quarto, peguei o revólver que estava no guarda-roupas e dei um tiro na cara dela".
Ontem, João Alves disse à delegada Flávia Leal que estava arrependido de ter matado Berenice e lembrou que pegou o revólver apenas para assustar a vítima. "Eu não tinha intenção de matá-la, queria apenas assustá-la", disse, em tom de justificativa.
A delegada Flávia Leal está aguardando homologação do flagrante pela juíza Joseneide Pamplona Gadelha, titular da 3ª Vara Criminal de Itaituba.
Lúcio Freire

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